Drummond poeta e socialista


Aos 82 anos, três anos antes de sua morte em 1987, o poeta Drummond reafirma sua convicção socialista:


“Não sei se é uma crença absurda, mas eu acho que a gente moça tem que achar um caminho, tem que descobrir uma coisa. Para isso, ela está se informando nas universidades, ela está vendo o dia a dia brasileiro, está vendo o que se passa no mundo, ela tem uma soma de informações que tem de ser útil. Há de aparecer um líder, vários líderes, uma nova corrente de opinião que venha de uma educação democrática, uma educação positiva, realista, objetiva que criasse no espírito dos jovens condições para que eles assumissem o poder. Acho que o mundo marcha para uma sociedade socialista. A sociedade burguesa é tão devoradora que ela dá uma aparência de independência à mulher mas cobra caro. A mulher fica sendo um objeto de moda, de fotografia simplesmente. Acho que a mulher deve se compenetrar disso, que ela é realmente muito importante, não como deusa, como rainha, mas como participante da vida, que está adquirindo direitos e precisa regular estes direitos para que não seja manipulada também.”.

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